A nova Rota das Sedas
- José Maria Dias Pereira
- 15 de mai.
- 2 min de leitura
A Rota das Sedas foi uma das mais importantes redes de comércio da antiguidade, conectando o Oriente ao Ocidente por meio de rotas terrestres e marítimas. Estabelecida entre o século II a.C. e o século XV, ela desempenhou um papel fundamental na troca de mercadorias, tecnologias e ideias entre civilizações como a chinesa, persa, indiana e romana. Seu nome deriva da seda, um dos produtos mais valiosos transportados entre a China e os mercados europeus.
A Rota da Seda recebeu esse nome devido ao comércio altamente lucrativo de tecidos de seda, que eram principalmente produzidos na China. Os chineses demonstravam grande interesse na segurança de seus produtos comerciais e expandiram a Grande Muralha da China para garantir a proteção da rota. No entanto, os desafios da rota eram significativos. Viagens pelas extensas paisagens do deserto e das montanhas exigiam resistência dos viajantes, que enfrentavam perigos como roubos e intempéries.
Poucos indivíduos percorriam todo o trajeto da Rota da Seda, dependendo, em vez disso, de uma sucessão de intermediários estabelecidos em diferentes pontos ao longo do caminho. Além das mercadorias, a rede facilitou um intercâmbio sem precedentes de ideias religiosas (especialmente o Budismo), filosóficas e científicas, muitas das quais foram sincretizadas pelas sociedades ao longo da rota. Com o avanço das navegações no século XV e XVI, as rotas marítimas tornaram-se preferidas, levando ao declínio da Rota das Sedas terrestre.
Nos últimos anos, a importância da Rota das Sedas foi revitalizada por iniciativas como a “Nova Rota da Seda”, proposta pela China. O projeto busca fortalecer o comércio e a infraestrutura entre diversos países, resgatando a conectividade global que existia na antiguidade. Através dessa iniciativa, antigas redes comerciais são modernizadas, ampliando a cooperação econômica e cultural entre nações.
A Rota das Sedas permanece um símbolo da interconexão entre civilizações ao longo da história. Seu impacto vai além da economia, influenciando profundamente a evolução cultural e tecnológica do mundo. Hoje, ela continua inspirando projetos de cooperação internacional, mostrando como o comércio e a comunicação são essenciais para o progresso global.
A China está promovendo uma enorme comemoração para marcar uma das suas maiores tentativas de se conectar com o mundo exterior: a Iniciativa do Cinturão e Rota, conhecida como a nova rota da seda. As investidas chinesas vêm incluindo acenos ao Brasil como a concordância do país para que a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) fosse reconduzida à presidência do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), conhecido como Banco dos Brics, visitas de delegações governamentais chinesas ao Brasil e de brasileiros à China, além de bilhões de dólares em investimentos em diversas áreas.
Aproveitando a visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a Pequim, empresas chinesas anunciaram investimentos de cerca de R$ 27 bilhões no Brasil. O anúncio ocorreu em seminário empresarial organizado pela ApexBrasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos).
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